Foste chegando...

Tomei-te em mim como um bom amigo, mas sem me aperceber significaste mais… significas mais!
Não tenho, nem vou ter, a coragem de o dizer e mantê-lo-ei comigo porque sei que o vou passar e quando estiver do outro lado da montanha vou continuar a querer-te a meu lado.
Se o percebeste ages como se o não soubesses, talvez para me poupar, talvez para te poupares ao embaraço… não sei!
Sei apenas que sim! Chegaste e ficaste, marcaste e fizeste-me pensar em coisas que julguei esquecidas, em coisas que tinha adormecidas… chegaste e ficaste…
Sinto sem dúvidas que me queres ao teu lado, mas sinto também que não posso estar ao teu lado como me queres… não agora… só depois!
Como gostava de estar enganada… de ver um rasgo de sol na escuridão sobre o que acabei a sentir… como gostava… mas não consigo. Sou, talvez, demasiado racional. Sou, talvez, demasiado pessimista. Sou talvez pouco confiante de mim. Ou talvez seja, apenas, tremendamente realista!
Fala-me e eu falarei contigo, cala-me e eu manter-me-ei calada…
Somos como somos e por mais voltas que demos, por mais que só nos reste subir, há coisas que não conseguimos mudar, há barreiras que não conseguimos derrubar…
Quiça surge, quando menos esperar, alguém com a força suficiente para as destruir, para me fazer acreditar… hoje não o sinto… sinto apenas que não quero perder quem és para mim desde o inicio, mas sinto também que tenho de seguir… como? Isso ainda estou a tentar descobrir…