14.9.09

Recomeço...

Olhei, olhei e voltei a olhar... escrevi duas linhas e apaguei, reescrevi tudo e tornei a apagar, quero escrever sobre tantas coisas, quero escrever sobre tão pouco, quero esquecer tudo o que conheço e recomeçar do zero, apagar o que já vivi e nascer de novo, ignorar o que sofri e acreditar verdadeiramente, quero que um sorriso seja só um sorriso, uma palavra só uma palavra, uma presença um raio de luz, uma ausência um mero acaso... Escrever sobre a confusão da minha mente, do meu coração, da minha alma, parece já uma ode permanente, um grito sem som, uma reclamação sem efeito, não a oiço, não a escrevo em mim mas não deixo de a gritar! Quero o novo dia que me espreita, o novo sol que me aquece a pele, o novo sorriso que me enlaça, o sonho que acalento. Soltar sonhos antigos é doloroso, ver cair os desejos perdidos é tristeza na alma, ver erguer-se a muralha é sentido, largar a mão dos que quisemos ao nosso lado é corrosivo, mas olhando o céu vem uma nova luz, novos sonhos, outros desejos, outras mãos... Chegou a hora de ser e estar apenas com os que são e estão a meu lado, ser e dar aos que são e dão comigo, de sorrir aos que me sorriem e abraçar os que me abraçam, beijar os que amo, ser beijada pelos que me amam, chegou a hora de deixar ilusões, de deixar de sonhar e embarcar nesta nova realidade que me irá levar a outras águas, que me irá albergar em portos menos seguros mas que me fará crescer, que me fará, ainda, mais mulher!

12.9.09

CALOIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIRAS!!!!

Meus Amigos,

Obrigada pelo vosso apoio!
Foi com o vosso apoio, e das nossas familias, que Eu e a Rita estudámos para o exame nacional de economia (como sabem nunca tivemos tal disciplina no nosso curriculo), foi com o vosso apoio que seguimos em frente e tivemos as notas que tivemos ( 18 e 16 valores ) e é com o vosso apoio que agora celebramos a colocação na Escola Náutica Infante D. Henrique, no curso de Gestão Portuária, nossa 1ª opção.
Obrigada por terem estado presentes, terem sofrido com a nossa ansiedade, terem rido com o nosso desespero, terem transmitido confiança em nós quando tudo em nós era insegurança e acima de tudo por partilharem a nossa alegria como se fosse a vossa.

Um grande bem haja!

"Um amigo verdadeiro é alguém que crê em ti ainda que tu deixes de crer em ti mesmo"

11.8.09

De mim para ti, que nunca vais ler isto!

Avô,
Cinco anos… durante cinco anos não te quis ver… afastei essa realidade em que já não existias em ti, e vivi o sonho de que eras o mesmo que me deixava calçar sapatos alheios, que me perdoava traquinices, que me dava dinheiro às escondidas, aquele a quem me pediam em namoro quando ainda nem sabia escrever!
No último ano a realidade foi-se apossando mais e mais de mim, foi tomando conta da minha consciência, dos meus pensamentos e instalou o medo. O medo de te perder sem ter tido a coragem de te lembrar quem sou, do que és para mim, do que foste para mim, do que fomos juntos!
Chegou a hora, vacilei… disse que sim, pensei tantas vezes que não, mas fechei os fantasmas e fui! Fui ver-te!
Cheguei com medo, acobardada por saber que não ia encontrar-te, que não ias saber quem sou, que não ias lembrar-te da nossa história, mas cheguei!
Tinha razão! Não estavas… à entrada informaram-me que tinhas chegado do hospital e que o médico te mandou de volta para morreres em paz na tua cama! Tremi… mas não quis acreditar! Angústia! Rodei a maçaneta do teu quarto a tremer, angustiada por não saber se ainda abrias os olhos para me ver… porque é que fui tão cobarde… não sei se chego a dizer que te adoro!
Entrei! Estavas prostrado como morto, sem acção nem reacção, os olhos não abriam para me ver, as mãos não mexiam para me tocar, os lábios não abriam para me saudar, o peito não subia a respirar… o fim… julguei que era o fim! Chorei… chorei a alma, a saudade, a mágoa, a tristeza, enfim!
Fui embora, tinha de ir! Voltei à tarde e como por milagre os teus olhos já me viam, as tuas mãos agarraram as minhas e não me queriam largar… palavras não proferiste, mas os olhos, os teus olhos gritavam que sabias quem eu era e que as saudades que tinha em mim, estavam também em ti!
Hora de descansar… vim embora de novo, mas vi que estavas contrariado, que me puxavas mais e mais para junto de ti, fechaste os olhos e temi que te fosses embora agarrado a mim… mas não… estava só cansado… deixei-te descansar!
Acordei impaciente, na manhã seguinte, queria tornar a ver-te! Certificar-me que mantinhas os olhos abertos para me ver… quando te vi na sala, sentado, as mãos a tremer, o olhar perdido tive vontade de chorar novamente. Desta feita porque como por milagre parecias a recuperar! Aproximei-me de ti e dei-te a mão. Agarraste-a como se fosse tua, porque no fundo sempre foi um pouco tua! Olhei os teus olhos e estavam marejados de lágrimas, felicidade? Sim! Só podia ser a felicidade que eu estava a sentir estampada no teu rosto magro, com o bigode eterno e os olhos de carinho. Perguntei-te se sabias quem eu era! Não esperava resposta pois sei o quanto te custa balbuciar umas palavras, mas contra as marés do sacrifício respondeste-me “És a minha neta Ana”! As minhas lágrimas soltaram-se como se tivessem presas numa represa e olhei à minha volta, procurei o assentimento da minha mãe, se teria ouvido tais palavras ou se seriam fruto do meu desejo de que me reconhecesses… era verdade… sabias quem eu era! Esperaste por mim, não me esqueceste por um segundo!
Brinquei contigo como antes fazia, recordei histórias de meninices e partidas que preguei e tu sorriste, riste para mim e os olhos rasados de água outra vez, soltou-se uma alegria tamanha no peito que não posso explicar, tudo fez sentido… o meu avô continua lá, para mim… só para mim… não conheceste a tua filha, o teu genro as tuas amigas… não me importa… lamento, mas não me importa porque sabes quem sou!
Marquei a tua existência como tu marcaste a minha e por isso, de certeza que por isso, sabes quem sou!
Temos de ir embora, peço-te um abraço, não consegues dar-mo porque os teus braços não têm força para se erguerem, mas recompensas-me com o maior e mais doce dos beijos, o Teu!
Estou mais alegre esta manhã, é hora de voltar para casa e estás melhor, bem melhor do que te encontrei! Arranjo o meu saco, despacho tudo, pego no carro e lá vamos nós!
Cheguei avô! Vim despedir-me!
O meu pai que segura a tua mão aponta-te a minha chegada, olhas para mim e sorris, que sorriso lindo o teu… apesar de tudo o que te consome continuas a sorrir com os olhos, com a alma!
Não posso estar muito tempo, tenho de ir, quero só lembrar-te que aqui estou, que te adoro e que tens um lugar muito especial no meu coração e nos meus pensamentos. Agarro a tua mão, dou-lhe um beijo. Paras de tremer a cada beijo que te dou na mão, volto a brincar contigo, sorris para mim, apertas mais a minha mão, e quando digo que vou embora pedes baixinho “leva-me contigo”. O meu coração abriu-se ao meio! Não posso avozinho, como gostava, mas não posso… estás melhor aqui onde podem tratar de ti, onde tens tudo o que precisas e que não te posso dar, queres ir para tua casa, mas quem iria cuidar de ti se lá não mora ninguém?
Não posso, o meu coração fica desfeito em pequenos bocadinhos que tento colar com as lágrimas que me assomam os olhos!
Encho-te de beijos e recompões-te! Voltaste a sorrir, olhaste para mim e sorriste de novo!
Digo-te adeus, está a ficar tarde e tenho de ir… Adeus avozinho, tenho de ir! Sorris, os olhos tornam a ficar rasos de água e quando te abraço dás-me um beijo e balbucias “ minha neta”. Abraço-te com mais força, na esperança que este abraço, o carinho nele contido, te dê mais vida, te deixe o meu cheiro para que ao fim do dia ainda saibas que a tua neta, a caçula, lá esteve e te abraçou, e te beijou, e te fez rir, e te fez chorar, e te lembrou que ainda não esqueceste tudo, nem todos os que amaste e que no fundo das memórias que te custam encontrar ainda amas!
Obrigada por me dares a oportunidade de te dar um beijo reconhecido, por saberes quem sou!
Um beijo com saudade,
A Tua Neta!

28.6.09

A pista está vazia...

Dança-se o tango… ardente… apaixonado jogo de seduções… os olhares… os toques que se perdem em três passos rápidos e se encontram no compasso de espera, colam-se os corpos suados… ofegantes… sedentos da dança!
Dança-se como se fosse infinita a vontade de dançar… não o é!
Está cansado e quer parar… dançar a valsa no seu passo lento e seguro… no seu ritmo constante sem improviso, com dedicação, com compromisso silencioso de mais dois passos pró lado, de meio compasso, pouco sentido, na procura da certeza que o tango não dá!
Não pode dançar o tango… é o tango que o dança… a valsa? Essa não a preenche, não está ainda cansada de sentir a paixão da dança voraz, não quer estar segura nos braços de um bailarino, não quer a valsa que lhe oferece… quer que o tango o dance como a faz dançar, que o tango o satisfaça como a ela a satisfaz… não! Já não quer o tango! Quer a valsa… a valsa que o embala e lhe promete não mudar o ritmo. A valsa que o faz dono da sua vontade, que o deixa sonhar enquanto a dança, que se mostra companheira e lhe promete um bailado constante…
Ela quer o tango! Que bem se entendiam na dança, mas não se pode dançar tango na valsa… ela escolhe o tango… ele deixa de dançar!
Um dia ele dançará a sua valsa, ela deixará o seu tango… hoje? Hoje os olhos tristes da saudade serão a chama das lembranças de tão bonito bailado que, embriagados pelo prazer que os preencheu, protagonizaram um dia!
A tristeza, não escondida, perde-se num beijo de despedida de dois dançarinos que sabem ainda voltarão a dançar juntos!!!
À volta o tango continua, a sensualidade que satura o ambiente não morreu, mas para eles a pista está vazia…

30.5.09

If Today Was Your Last Day - Nickelback



My best friend gave me the best advice
He said each day's a gift and not a given right
Leave no stone unturned, leave your fears behind
And try to take the path less traveled by
That first step you take is the longest stride

If today was your last day
and tomorrow was too late
Could you say goodbye to yesterday?
Would you live each moment like your last?
Leave old pictures in the past
Donate every dime you have?
If today was your last day

Against the grain should be a way of life
What's worth the prize is always worth the fight
Every second counts 'cause there's no second try
So live like you'll never live it twice
Don't take the free ride in your own life

If today was your last day
and tomorrow was too late
Could you say goodbye to yesterday?
Would you live each moment like your last?
Leave old pictures in the past
Donate every dime you have?
Would you call old friends you never see?
Reminisce of memories
Would you forgive your enemies?
Would you find that one you're dreamin' of?
Swear up and down to God above
That you finally fall in love
If today was your last day

If today was your last day
Would you make your mark by mending a broken heart?
You know it's never too late to shoot for the stars
Regardless of who you are
So do whatever it takes
'Cause you can't rewind a moment in this life
Let nothin' stand in your way
Cause the hands of time are never on your side

If today was your last day
and tomorrow was too late
Could you say goodbye to yesterday?

Would you live each moment like your last?
Leave old pictures in the past
Donate every dime you have?
Would you call old friends you never see?
Reminisce of memories
Would you forgive your enemies?
Would you find that one you're dreamin' of?
Swear up and down to God above
That you finally fall in love
If today was your last day

3.4.09

"AMIGOS SÃO OS QUE NOS MOMENTOS BONS APARECEM SE OS CHAMARMOS E NOS MAUS.... SIMPLESMENTE APARECEM"

19.3.09

"Um Amigo...


É a voz do gostar, é a voz de alertar, dizendo nas palavras…
Acorda!…Quero te ajudar!!!
É a voz que vem, com o que precisamos ouvir, ler, perceber, interiorizar…
Quando não nos conseguimos ler, quando nos falta o chão, o tecto, o rumo..
Vem como um “furacão”, uma sacudidela, um alerta…
Uma sirene que soa o nobre sentimento de luz, imenso cuidar…
Vem com tanta verdade, mas com o cuidado de não magoar,
Uma voz que vem devagar… Que inunda…Que traz alegria…Que contagia…
Uma voz de anjo, de irmão escolhido…
Presente e presentes… Nos dois sentidos…
O de “ estar” e o de ” jóia” inestimável…
Um mestre de consciência…Mestre de paciência para ouvir…
Um “ser” cúmplice nas dores e alegrias…
Mãos estendidas, entrelaçadas…
Dádiva da vida…
Único…
Senhor do bem…
Um som… Uma voz …Um Amigo!!!"